sábado, 27 de fevereiro de 2016

Previsão das erupções vulcânicas


Viver nas proximidades de um vulcão implica riscos, o que justifica o seu estudo e monitorização.

O estudo científico dos vulcões é feito pela Vulcanologia.
 
Os vulcões podem ser vigiados por aviões e satélites, mas o seu estudo exige a colocação de equipamentos no local e a recolha de amostras de lava e de gases.

A ciência e a tecnologia ao serviço da previsão
das erupções vulcânicas

 

  
 
  
  

 
 


Vulcanismo secundário

As manifestações de atividade vulcânica podem perdurar para além das erupções, com características muito mais suaves, como fumarolas, géiseres ou nascentes termais. Estes fenómenos incluem-se no chamado vulcanismo secundário.

Fumarolas- São emanações de gases, maioritariamente vapor de água, através aberturas no solo. Os gases expelidos podem ser, também, ricos em enxofre ou em dióxido de carbono.


Fumarola


 
Nascentes termais- São fontes de água quente, ricas em sais minerais.




 Nascente termal





Géiseres- São repuxos intermitentes de água em ebulição através de fraturas no solo.

 
Géiseres 

 











Magmas e atividade vulcânica


As características  do magma (e, consequentemente, das lavas) determinam o tipo de atividade vulcânica.

A atividade vulcânica pode ser explosiva, efusiva ou mista.

Atividade explosiva- Envolve lavas muito viscosas e com capacidade de retenção de gases que solidificam na cratera ou nas suas proximidades. O cone vulcânico é alto, com vertentes íngremes, e as erupções são muito violentas, com  projeção de piroclastos e formação de nuvens ardentes.


Atividade explosiva



 
Atividade efusiva- Envolve lavas muito fluidas (pouco viscosas) que se deslocam a grande velocidade em escoadas ou mantos de lava com muitos quilómetros de extensão. O cone vulcânico é baixo, com vertentes suaves. Não há projeção violenta de materiais a partir da cratera.




 Atividade efusiva


 
Atividade mista- Verifica-se a emissão alternada de lavas viscosas e de lavas fluidas. O cone vulcânico é alto, com vertentes inclinadas. Períodos de atividade explosiva alternam com períodos efusivos, mais calmos.



 Atividade mista









 
Atividade vulcânica e dinâmica interna da Terra


A maioria dos vulcões pode ser encontrada nos bordos nas placas litosféricas, sobretudo nos limites convergentes.

Existem vulcões nos oceanos Atlântico e Índico, também no Mar Mediterrânio e em África, mas é no Oceano Pacífico que existe o maior número destas estruturas- o chamado Anel de Fogo.






Materiais expelidos pelos vulcões

Quando o magma ascende à superfície, ocorre uma erupção vulcânica. Com a perda de gases, o magma dá origem a lava. Além da lava e dos gases, os vulcões podem projetar fragmentos de rochas vulcânicas- os piroclastos.  


As lavas são materiais no estado líquido, expelidos pelos vulcões a temperaturas muito elevadas, geralmente entre 600 ºc e 1200 ºc.

Lava líquida
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além da temperatura a que as lavas foram expelidas, outros fatores, como a composição química, contribuem para o seu grau de viscosidade.
 
 

Lava sólida
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os piroclastos são fragmentos de rochas vulcânicas projetados para a atmosfera. São originados pela solidificação dos salpicos de lava ou pela fragmentação das rochas do aparelho vulcânico durante as explosões. Podem ser classificados quanto à dimensão dos  fragmentos:

- Cinzas;
- Lapíli;
- Bombas;
              

 
 
   
 
 



         








sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016


Os Vulcões

Um vulcão é uma estrutura geológica formada por uma abertura ou fenda na crusta terrestre através da qual o * magma, ascende à superfície da Terra.

*magma- Rocha fundida com origem na astenosfera.








  


Quando um vulcão está em erupção, ou apresentou atividade vulcânica desde há 10 000 anos, diz-se que é um vulcão ativo.


 


Quando um vulcão não apresentou atividade vulcânica desde há 10 000 anos, diz-se que é um vulcão inativo.


 



 No topo de alguns vulcões pode vir a formar-se uma depressão circular ou elíptica, denominada como caldeira vulcânica.








Falha e dobras

As forças tectónicas associadas à formação de cadeias montanhosas são capazes de formar estruturas geológicas como falhas e dobras.

As dobras resultam da ação de forças compressivas sobre rochas com comportamento dúctil, capazes de sofrer deformação sem quebrar. A deformação é irreversível e permanente.


 
 
As falhas resultam, geralmente, da ação de forças compressivas ou de forças distensivas sobre rochas com comportamento frágil, que se partem devido à sua elevada rigidez.
 
Tipos de falhas:
 
- Falha normal (resultam de forças distensivas);
- Falha inversa (resultam de forças compressivas);
- Falha transformantes (resultam de forças de desligamento);
 
 
A teoria da tectónica de placas

A litosfera é uma camada rígida constituída por rochas da crusta terrestre (continental e oceânica) e por rochas do manto superior. Assenta sobre a astenosfera, formada por materiais muito quentes e plásticos.












 
A litosfera encontra-se fragmentada em várias placas litosféricas que se deslocam sobre a astenosfera. As placas litosféricas interagem umas com as outras nos seus bordos ou limites de placa.

 



















O calor do núcleo da Terra gera fluxos de materiais sob a litosfera, as correntes de convecção, arrastando as placas litosféricas.

 











Um rifte corresponde a uma linha de fratura da litosfera onde duas placas se movem em sentidos opostos, apresentando limites divergentes. Nas zonas de rifte ocorre a formação de nova litosfera.


 



Uma zona de subducção corresponde a um local de colisão entre placas litosféricas, que apresentam limites convergentes . Nestas zonas, verifica-se uma contínua destruição da litosfera.

 













 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Teoria da deriva dos continentes

  Em 1912, Alfred Wegener (1880-1930), um meteorologista alemão, apresentou uma teoria para explicar a intrigante concordância entre as formas de alguns continentes. Segundo ele, os continentes teriam estado unidos no passado, numa única massa continental, e ter-se-iam separado lentamente até às posições de hoje. Wegener chamou Pangeia a esse supercontinente e Pantalasa ao único oceano á sua volta, que terão existido há cerca de 240 milhões de anos.



Esta ideia foi, mais tarde, completada por Alexander du Toit, que postulou a separação da Pangeia em duas grandes massas continentais: a Laurásia, a norte, e a Gondwana, a sul. Estas duas grandes massas terão dado origem, por fragmentação, aos continentes atuais.






Faces do planeta Terra há 240 M.a.



Mobilidade do continentes- argumentos


Argumentos paleontológicos - Há plantas e animais já extintos cujos fósseis se encontram distribuídos por diferentes continentes atuais e separados por muitos milhares de quilómetros de oceano.


 




 Argumentos paleoclimáticos - Foram descobertos indícios geológicos de glaciares antigos, característicos de climas muito frios, em zonas quentes atuais.

Regiões como a Gronelândia ou a Antártida, atualmente muito frias, tinham há 430 M.a. um clima tropical, com florestas luxuriantes.


 
 Verde- Clima tropical

Castanho- Clima desértico

Branco- Glaciares



Argumentos litológicos – Segundo Wegener, se fosse possível aproximar os bordos dos continentes, as cadeias montanhosas revelariam uma continuidade.

A sequência e o conteúdo de estratos sedimentares é semelhante em rochas de continentes diferentes.



Argumentos morfológicos – Wegener verificou uma grande semelhança na forma das costas atlânticas da América do Sul e de África e constatou que os dois continentes poderiam encaixar como peças de um puzzle gigante.



 





O desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia permitiu estudar os fundos oceânicos e descobrir que a litosfera está fragmentada em placas litosféricas que se movem e interagem entre si. Estes movimentos são explicados pela teoria da tectónica de placas.




 







Morfologia dos fundos oceânicos.










Expansão do fundo oceânico, com registo das inversões de polaridade nas rochas basálticas.